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Ravenna rebate Marcelo Castro: “Ninguém está morto ou eleito antes da hora”

A pré-candidata ao Governo do Estado do Piauí pelo PMN, advogada e jornalista Ravenna Castro, respondeu às declarações do senador Marcelo Castro, dadas em entrevista ao Portal GP1. Ravenna teria ficado incomodada com a forma como o senador se reportou às outras pré-candidaturas ao Governo, usando a expressão de “não competitivas” e teria incluído no “bolo” a dela, no meio da declaração. “Se não surgir outra candidatura competitiva vai ser Fla-Flu”, disse Marcelo ao portal de notícias sobre as eleições ao Governo do Piauí. Foi o que bastou para Ravenna responder ao senador.

 

Confirma abaixo a resposta na íntegra:

“Faço questão de me posicionar acerca das declarações do senador Marcelo Castro (MDB), acerca de entrevista concedida no portal GP1 onde ele fala que “se não tivermos outros candidatos a governador competitivos vai ficar um Fla-Flu”, comparando as eleições para o Governo do Piauí a um clássico de futebol como se só existissem Silvio e Rafael de pré-candidatos.

Gostaria que o senador nos desse a definição do que ele acredita ser competitivo. Gostaria de saber se na primeira eleição dele, ele se via como um candidato competitivo? Gostaria de saber também como ele se sentiu quando alguém disse para ele que ele não era competitivo? Já estamos vendo tantas atrocidades em tempos ditos de democracia, que uma declaração dessas é no mínimo uma afronta à democracia, isso é querer matar nossa pré-candidatura antes da hora. Já passamos por isso há séculos atrás, quando nos perseguiam e nos queimavam na fogueira, nos acusando de bruxaria, nos negando o direito à vida, à expressão, à dignidade, dentre outros. Tanto nos já foi negado ao longo da história. E não digo que fomos vítimas, porque não cultuo o vitimismo, mas somos grupos historicamente vulneráveis (falo como mulher pré-candidata), só há pouco tempo conquistarmos, sob muita luta, o direito de votar e de sermos votadas, então, peço que não diminua, não minimize as nossas conquistas, não tente nos anular, nos cancelar, nos apagar da história politica eleitoral do nosso Estado, nos rebaixando, como o senhor faz a analogia, a um time de 3ª ou sabe-se lá qual divisão. Ninguém está morto ou eleito antes da hora. Aqui quem vos fala é uma “pequena e talvez não tão competitiva pré-candidata (como diz o senhor) ao Governo do Estado do Piaui. Uma pré-candidata de um partido pequeno, mas nobre e fiel ao povo e aos seus ideais e que nos dá oportunidade de participar da política como protagonistas! Uma mulher, mãe solo, com filha menor, que luta contra os efeitos do TDAH, dislexia e TOD, que vive de sua profissão, que graças ao estudo, que não nos foi negado, tem ao menos uma profissão e vive dela.. Uma reles mortal sem herança política, sem apadrinhamento político, uma mulher “sem dinheiro no bolso e nem dinheiro no banco, sem parentes importantes e de raízes do interior” (aqui eu lembro do Belchior), mas com um coração cheio de esperanças para um futuro melhor para as famílias do Piauí. Eu não busco status ou luxo, eu nasci foi nua e sem nada, eu busco mesmo é a Justiça, a oportunidade e a igualdade. Eu sou mais uma igual entre os meus iguais, aqueles que são o povo. Eu sou do povo. E o povo está em mim. Vive em mim. Porque eu sei quem sou e de onde eu venho. Só o povo pode dizer se sou competitiva ou não! Não seria justo! Não me rebaixe a não competitiva. Não queira me matar antes da hora. Não finja que não nos viu. Porque nós existimos! Não tente nos cancelar ou nos apagar, porque eu vou estar bem no meio dessa polarização, como aquela pedra do meio do caminho, dos dizeres de Drummond de Andrade. E se o povo, o meu povo, o povo piauiense, do qual eu pertenço, me reconhecer e me abraçar, seremos o suficiente. Afinal, como diz a Constituição: Todo poder emana do povo… não dos senadores, dos ministros, dos médicos elitistas ou de castas que se julgam o “alto clero” e que tentam se perpetuar no poder ou de quem quer que seja. Estou aqui para abrir o olho do povo. E não medirei esforços para fazer isso! E já que o senhor gosta de futebol, lembrei de uma frase oportuna: “Vocês vão ter que me engolir!”, do ex-técnico Zagallo. Abraços mobilizadores da pré-candidata, “aquela não competitiva”, ou não, Ravenna Castro (e Castro por coincidência, pois não somos parentes).”

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