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Justiça mantém prisão de Adriana Belém; advogados afirmam que dinheiro é lícito

Em audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (11), a Justiça decidiu manter a prisão da delegada Adriana Belém. Licenciada da Polícia Civil para ocupar um cargo na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer do Rio de Janeiro, a delegada foi alvo da primeira fase da operação Calígula, realizada nesta terça (10).

Na casa dela foram encontradas malas com dinheiro e um cofre. As quantias apreendidas somadas ultrapassam R$1,76 milhão. Luciana Pires, advogada de Adriana, critica o fato de a prisão ter sido determinada durante a operação, ainda com o dinheiro sendo contado.

Ela disse à CNN que vai explicar em juízo que a origem do dinheiro é lícita e pedir a reconsideração da prisão. Se não for possível, vai entrar com pedido de habeas corpus. A advogada considerou a prisão “prematura”.

CNN apurou que a delegada está presa em uma área na parte superior do Instituto Penal Oscar Stevenson, o presidio feminino de Benfica. A cela onde ela foi alocada é destinada a presas com ensino superior completo. A reportagem da CNN apurou que a expectativa é que ela seja transferida, pra evitar contato com criminosas que travaram embates com a polícia.

Segundo os promotores do Gaeco, que fazem parte da força tarefa do caso Marielle Franco, a delegada foi a responsável por liberar a devolução de 80 máquinas de caça níqueis a uma organização criminosa da zona oeste do Rio de Janeiro.

A ponte entre ela e o chefe da quadrilha seria Ronnie Lessa, réu pelo assassinato da vereadora do PSOL em 2018. A defesa de Adriana diz que ela é inocente, mas ainda precisa estudar a denúncia contra ela.

Os defensores de Lessa também informaram que estão se informando das novas acusações contra ele.

CNN

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