A resposta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às Forças Armadas aponta uma série de erros de cálculos e negativas de sugestões que não tornariam as urnas mais seguras por não terem fundamento ou aplicabilidade. A Corte Eleitoral tornou público, nesta segunda-feira (9/5), o documento em que responde aos questionamentos dos militares a elementos do processo eleitoral. As Forças Armadas enviaram última leva de questões em 22 de março, três meses após a data-limite para sugestões destinadas à elaboração do plano de ação da Comissão de Transparência das Eleições (CTE).
Uma das primeiras respostas mostra que as Forças Armadas erraram no cálculo em que questionam a confiabilidade das urnas.
Segundo o TSE, o documento de sugestões dos militares pressupõe a “probabilidade de ocorrência de inconformidade igual a 50%”. No entanto, para chegar a esse percentual, os técnicos da Corte explicaram que houve um erro na amostragem, no quantitativo de urnas, além de ter sido ignorado o fato de que eleições federais e estaduais são realizadas por intermédio das mesmas urnas e dos mesmos softwares.
De acordo com o Tribunal, as urnas usadas pelo sistema de votação eletrônico brasileiro são homogêneas, passando por fases prévias de auditoria que se sucedem e se complementam, e que não podem ser ignoradas no cálculo.
“O documento das Forças Armadas confunde os conceitos de erro amostral e risco de amostragem, ao supor que um nível de confiança de 95% deveria ter um erro amostral de 5%, e que um nível de confiança de 96% deveria ter um erro amostral de 4%. O TSE hoje trabalha com nível de confiança superior a 99%”, diz o documento com respostas da Corte.
Erros
A segunda sugestão dos militares foi acerca do processo de amostragem aleatório das seções e urnas escolhidas para compor o teste de integridade.
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